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quarta-feira, janeiro 13, 2010

0006 - Bateria impede popularização do carro elétrico

O custo e os limites de armazenamento de energia nas atuais baterias de íon-lítio deverão impedir os consumidores de comprarem veículos sustentáveis
O uso disseminado de veículos elétricos ao redor do mundo não será alcançado em 2020 sem uma significativa inovação na tecnologia de bateria, de acordo com um estudo da Boston Consulting Group - que aconselhou o governo dos EUA na reestruturação da General Motors e da Chrysler no ano passado.
O custo e os limites de armazenamento de energia nas atuais baterias de íon-lítio vão impedir os consumidores de comprarem carros elétricos, diz a Boston Consulting, que passou três meses entrevistando fornecedores de baterias, cientistas e fomentadores. "O consumidor médio e políticos acreditam que o carro elétrico é a solução do futuro", disse Xavier Mosquet, coautor do estudo. "Eles não entendem que existem complicações econômicas que impedem isso de acontecer."
O estudo é um duro choque de realidade enquanto as montadoras globais se preparam para apresentar suas mais recentes inovações no salão internacional do automóvel de Detroit. Muitas montadoras vão mostrar os veículos elétricos que esperam colocar no mercado nos próximos cinco anos.
A General Motors anunciou que fabricou sua primeira bateria íon-lítio para seu veículo elétrico Chevy Volt previsto para o final deste ano. A GM afirma que o Volt pode rodar até 64 km com eletricidade, sem usar gasolina ou produzir emissões. Mosquet disse que o ponto crucial é o custo. O custo para um fabricante ou consumidor por 1 kW/hora de energia de uma bateria de íon-lítio estará na faixa entre US$ 360 e US$ 440 em 2020.
Este custo precisará ser reduzido pela metade com objetivo de conquistar os consumidores, disse Mosquet. A única forma de alcançar a redução de custo é através de nova tecnologia. Os custos não serão reduzidos o suficiente pela mudança no local de produção da bateria ou dos materiais usados em sua fabricação.
Sem a inovação tecnológica, 3 milhões de veículos elétricos excluindo híbridos, ou menos de 5% do total de carros, estarão nas estradas na Europa, EUA, China e Japão em 2020. Mas se os custos forem reduzidos, esse volume poderá mais do que triplicar. Na ausência de uma nova tecnologia, as únicas formas de promover a disseminação do carro elétrico serão: crédito do governo de mais de US$ 7.700 aos compradores, preço do petróleo em US$ 375 por barril ou se o governo impor um imposto adicional sobre a gasolina de 2010%. As informações são da Dow Jones.

Retirado do site do Portal do Meio Ambiente, postado em 11/01/2010, 01h41



Baterias de íon-lítio são comuns por demais em aparelhos celulares e Mp3, 4, 5 e variantes (me perdi da numeração atual). Têm o peso contra de serem altamente tóxicas e poluentes, quando jogadas fora; mas têm a seu favor fatos como a possibilidade de serem recicladas quando retornadas aos seus fabricantes, e serem recarregáveis e de boa vida útil. Sua utilização em carros elétricos é uma boa solução para a diminuição da poluição do ar em grandes centros urbanos - afinal, para carreegá-los, basta uma tomada ligada (atenção às contas de energia, pessoas!) - no japão, já existe até mesmo um "posto de combustível" para estes carros, o que é uma mão-na-roda.
Onde o negócio esbarra, então? Na questão central: economia.
Como toda "novidade" tecnológica que surge através dos tempos, as baterias para carros são para "pouco$ e bon$". Com o tempo, a produção aumenta e os custos vão diminuindo.
Mas construir carros elétricos acaba por mexer com os brios de muitos que fizeram fortuna (ou estão tentando fazer) com a cultura da cana-de-açúcar, milho e variantes, e com os países que estão se aproveitando do petróleo até a última gota - a chance de perder o terreno gera pressões contrárias, e assim, a coisa "emperra".
A boa notícia: a indústria automobilística já acordou para a questão (como a própria reportagem mosta), e cada vez mais estão lançando modelos no mercado mundial. Infelizmente, não ainda em escala mundial, mas podemos sempre pedir e pressionar - o mercado vai sempre onde o comprador está.
De certo modo, há algo em nossas mãos.

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