0007 - A sustentabilidade "End-to-end"
A reportagem do caderno de economia da Gazeta de Alagoas de hoje (“Produção sustentável é a 'bola da vez'”, 24/01/2010, p. A26) chama a atenção para as práticas sociais e sustentáveis implementadas pelas empresas líderes de vendas no mercado, em busca de aprovação da sociedade (e aumento nos lucros, obviamente).
Não é de hoje que as empresas 'acordaram' para a questão ambiental – a notícia mais antiga que me chega à mente é dos selos “dolphin free” das latas de atum vendidas nos EUA nos anos 1970. O fato marcante é o quão recentemente a “responsabilidade ecológica” entrou na agenda dos profissionais de marketing de plantão.
Não que isso seja má coisa – longe de mim dizer um despaltério desses. Mas isto poderia estar acontecendo a pelo menos uma década e meia.
O importante, agora, é focarmos no ponto positivo da questão apontada pela reportagem de Acássia Deliê: a nova política de relacionamento das grandes redes de varejo com seus consumidores, mostrando o ciclo de vida dos produtos vendidos – o projeto “End-to-end: sustentabilidade de ponta a ponta”, lançado pela rede Walmart. Citando a reportagem:
“De água mineral a esponjas de banho, os artigos foram monitorados e avaliados do início ao fim da cadeia produtiva...
… as atividades das operações de varejo representam cerca de 8% dos impactos ambientais de toda a cadeia de suprimentos.
Os outros 92% estariam distribuídos entre outros agentes (…), como transportadores, indústria e a produção agrícola. Baseada nisso, a Walmart lançou o desafio aos fabricantes, há cerca de 18 meses: desenvolver produtos e categorias que tivesse menor impacto no meio ambiente, desde a extração da matéria-prima até o descarte. O incentivo da varejista (…) foi oferecer visibilidade e exposição diferenciada dos novos itens nos pontos de venda.”
Os produtos resultantes desse projeto são o achocolatado Toddy Orgânico (Pepsico), a linha de óleos vegetais Liza (Cargill), o Matte Leão Orgânico (Coca-Cola), a linha de águas Pureza Vital (Nestlé), o amaciante Comfort Concentrado (Unilever), a fralda Pampers Total Confort (Procter&Gamble), a esponja de banho Ponjita Naturals Curauá (3M), o Band-Aid (Johnson&Johnson), o desinfetante Pinho Sol (Colgate-Palmolive), além do sabão TopMax, (marca própria do Walmart, fabricado pela indústria gaúcha Bertolini) – quem tem acesso ao jornal alagoano tem até uma tabela apresentando os produtos e os alegados diferenciais entre os novos produtos e os “tradicionais”.
Ainda não se sabe bem como e$$a novidade $e refletirá no$ bol$o$ do$ con$umidore$ bra$ileiro$ – os fabricantes garantem que os produtos sairão muito mais em conta – em alguns casos, até mais baratos que o regular por não utilizarem (ou utilizarem menos) materiais que normalmente se usa na fabricação dos itens.
O que é certo é que quem decidirá se esse projeto dará certo – e até quando durará – somos NÓS, o público comprador. É do nosso dinheiro que dependerá o retorno dessa empreitada.
Pessoalmente, embora eu me anime com a perspectiva, devo pensar também como consumidor consciente – creio que o importante é testar os produtos para saber se eles são realmente bons e válidos de serem absorvidos em nosso dia-a-dia.
Então... vamos às compras! Mas sem esquecer de fazer uma boa pesquisa, antes!
Mais sobre o assunto, com boas dicas sobre "compras sustentáveis" podem ser encontradas aqui neste link: http://conversasustentavel.blogspot.com/2010/01/wal-mart-lanca-end-to-end.html
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