0016 - Acerca de bovinos, caninos e cetáceos...
A proibição às touradas na Espanha é algo que me traz grande prazer, ainda mais hoje, que é dia do meu aniversário (estou aceitando presentes, obrigado, obrigado)!
Esta foto à esquerda (abaixo) é de uma campanha bem forte contra o fim das touradas
Fonte: http://www.stieren.net
Desculpem, mas eu sinto um prazer quase insano em ver/mostrar essa foto da direita (acima)...
Fonte: http://www.xcrap.org/tags/filipe-tavares/
Os espanhóis poderiam se utilizar do argumento do turismo, mas é sabido que o público para este tipo de "espetáculo" tem caído e caído. Os tempos são outros - e bem outros. Uma vez que tourada não é para qualquer estômago, foi um passo para que defensores de animais aproveitassem para associar também à cultura do "politicamente correto" e do "bom-mocismo" para fazer frente - o que torna tudo uma jogada mais político-econômica que propriamente eco-humanitária. O desafio, agora, será tentar conter as touradas ilegais que, com certeza, serão feitas no País.
Mas, enquanto acabar com a matança de touros foi relativamente "fácil", um desafio bem maior para as entidades ecologistas encontra-se na caça aos cetáceos (baleias e golfinhos, especialmente).
Países como o Japão, Noruega e Islândia se recusam sempre a ceder à pressão da ONU de abandonar a caça aos cetáceos, pelos mais variados motivos.
O Japão, por exemplo, com uma população crescendo e terra pobre pra quase tudo, depende quase exclusivamente do mar para alimentação - e, vamos convir, se a caça a esses animais não fosse um negócio lucrativo, seria muito mais fácil largar mão dele.
Caça às baleias nas ilhas Feroe, Dinamarca
Fonte: http://www.whalenation.org/index.asp?page=whale_hunting
A forma como se dá a matança das baleias é algo inominável - de acordo com o site Whalenation, "arpões explosivos são usados, que perfuram a pele e então explodem dentro do corpo, fazendo do interior das baleias pedaços segundos depois do impacto. O animal pode então passar por minutos e até horas de agonia e sofrimento antes de morrer pela hemorragia. Ainda assim, eles têm que levar vários tiros de armas de fogo, antes de finalmente morrer".
Um filme importante sobre o tema é "The Cove" - não por acaso, proibido no Japão. Ele mostra a forma cruel como golfinhos são encurralados e mortos no Parque National de Taiji.
Cartaz do filme "The Cove"
Fonte: http://www.gmagazine.com.au/reviews/1514/the-cove
A ONU armou uma brecha da qual estes países se utilizam demais: a caça é permitida se for para a realização de pesquisas científicas. Nos últimos anos, NADA de relevante tem sido levantado por esses países com relação ao tema, mas a caçada segue a todo vapor.
Algo a se lembrar é que os japoneses também não cederam a qualquer tipo de pressão e continuaram caçando determinada espécie de atum para a fabricação de seus tradicionalíssimos sushis. Hoje, os atuns encomtram-se em franca ameaça de extinção, o que obrigou os nipônicos a buscar novos tipos de carne. Achava-se que este seria o destino das baleias (embora se tentava a muito custo evitar), mas nem se conseguiu evitar o risco de extinção, tampouco a finalização da caçada.
Falando em um "esporte" que querem vender como "arte" e nesta película que (opinião minha) deveria brilhar nas telas de todo o mundo, me lembrei deste post que pus no meu outro blog, acerca do "artista" Guillermo Vargas Habacuc.
Fonte: http://cantinhodotom.blogspot.com/2008/04/o-que-crueldade-o-que-arte.html
E vocês, o que pensam sobre tudo isto?
ps: em tempo: THE COVE é um filme que recomendo amplamente - para ecologistas e para quem não se importa com o assunto!
Marcadores: Caça, Crime ambiental, Dinamarca, Economia, Espanha, Exposição Artística, Filme, Japão, Noruega, The Cove, Tourada, Turismo