O Ecourbanista: janeiro 2010

O Ecourbanista

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quinta-feira, janeiro 28, 2010

0010 - Operação apreende redes irregulares

Artefatos de pesca foram retirados pelo Batalhão de Policiamento Ambiental do canal novo da Lagoa Manguaba, em Marechal
A armadilha com rede para camarão é uma setença de morte para qualquer espécie de peixe ou crustáceo que caia na malha fina. É assim que funciona o candango, artefato de pesca predatória que está na mira do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar. Só na madrugada de ontem [26/01] uma missão aquática apreendeu cinco candangos colocados no canal novo da Lagoa Manguaba, no município de Marechal Deodoro.
No ano passado, 123 redes como esta foram apreendidas. O comandante do BPA, tenente-coronel Maxwell dos Santos, informa que a pesca com este tipo de artefato é extrememente nociva e configura crime ambiental, com pena de um a três anos de detenção. Em casos mais graves, a punição pode chegar até a reclusão de cinco anos.
O oficial da operação, sub-tenente Edson Ferreira, explica que as pessoas que estavam com a rede fugiram. "Quase sempre, quando você bota o barco do batalhão na lagoa e acende o farol para localizar as redes, os suspeitos fogem", explica Maxwell. A ganância pela pesca do camarão é tanta que os criminosos jogam fora quase todos os peixes malhados na rede, muitos deles ainda alevinos (filhotes).
Como os camarões só saem para se alimentar no escuro e se deixam levar pela correnteza, os acusados chegam a colocar até 20 armadilhas, à noite, para ocupar todo um canal (a popular "boca da barra"). O candango é uma rede com uma grande entrada, que afunila e não tem saída. Segundo Maxwell, a pesca de camarão com candango envolve profissionais e empresários, quase sempre donos de bares e restaurantes da região lagunar que compram o produto.
TIROS E CORDAS
O pelotão aquático do BPA tem uma base avançada no Clube da Motonáutica e realiza rondas 24 horas por dia no complexo lagunar. O trabalho é perigoso. "Já houve reações, ameaças e até casos em que a equipe foi recebida a tiros", explica o subcomandante do batalhão, Capitão Marco Aurélio Costa. Outra manobra dos criminosos é deixar cordas eticadas, no escuro, que podem derrubar os policiais da lancha ou até mesmo matá-los.
O capitão explica que é utilizado um gancho para localizar as redes. "É uma covardia grande. Eles pegam carapebas, camurins, curimãs, siris, mandins, bagres e jogam tudo fora para ficar só com o camarão, os peixes terminam morrendo", lamenta o militar. Cada candango captura até 200 quilos de camarão numa noite.
FISCALIZAÇÃO
A fiscalização depende de outros órgãos, porque o Batalhão Ambiental tem poder de polícia, mas não de autuação que fica a cargo da Marinha, do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), a depender da atividade e do local da fiscalização. Além da questão administrativa, a parte penal é encaminhada para a Polícia Civil. Com o anúncio da recriação da Delegacia Especializada em Crimes Ambientais, o trabalho investigativo deve ser reforçado.
as áreas onde mais se pratica a pesca predatória com bombas submarinas são a Lagoa do Roteiro, a Barra do Rio Camaragibe e o Rio Tatuamunha, em Porto Pedras, em pleno santuário do peixe-boi marinho. Para fazer qualquer queixa sobre pesca predatória, basta telefonar para o disque denúncia da PM ([82] 3201-2000) ou para o celular do supervisor do Batalhão Ambiental ([82] 8833-5879).

(MAURICIO GONÇALVES)
Publicado no jornal Gazeta de Alagoas em 27/01/2010, no caderno Cidades, página A15


Como já falei no post relativo ao blobfish, esses casos de atividade predatória são apenas mais uma parte da faceta destrutiva do ser humano.
Aqui, entramos num processo muito comum que é o caso da pesca a afetar a cadeia alimentar lagunar - e, conseqüentemente, todo o eqüilíbrio do ecossistema local.
A lei (por favor, quem souber, com exatidão, me ajude nos comentários!) estabelece que o período de reprodução deve ser respeitado e a pesca de determinados animais neste tempo é expressamente proibida - no caso específico dos camarões, todos sabemos que não é cumprida. Ou alguém vai dizer que nunca viu aquele camarão tão cheio de ovas que parece até que é preto? Aquilo é um fêmea e vários possíveis filhotes que foram impedidos de nascer e crescer, preservando a continuação da espécie.
A pesca com candango põe não apenas os camarões, mas várias outras espécies em risco - como mostrado na matéria. Sem saída e amontoados, os animais acabam por morrer tentando se livrar da prisão em que se encontram, ou mesmo ficarem à beira da morte - e, por não serem aparentemente úteis, são jogados na água, mesmo - configurando poluição.
Outro ponto que me chama a atenção são as "armadilhas" deixadas contra a polícia - lembra os levantes populares que ocorrem no norte do País (em determinada edição do "Profissão: Repórter", na Rede Globo, a população de uma cidade do Pará - salvo engano - expulsou os policiais da cidade). "Peixes grandes" (com o perdão do trocadilho) não fazem este tipo de coisa com as próprias mãos. Isso é obra dos populares, mesmo - com ou sem mando. E geralmente fazem isso por acreditarem que perderão o seu pão de cada dia. Então, é quase uma tática de defesa. Mas aí entra algo que defendo sempre: a EDUCAÇÃO AMBIENTAL.
O que a população aparentemente não sabe é que, agora, eles têm o seu pão de cada dia fazendo a pesca predatória, mas nesse ritmo, a lagoa acabará sem vida - portanto, sem o pão. Este é o momento de conscientizar a população local a não compactuar com empresários criminosos e fazê-la entender que a preservação traz mais frutos a longo prazo, e sempre oferece uma válvula extra que talvez nem tenha sido pensada anteriormente.
Um exemplo: no programa "Alagoas Terra e Mar", da TV Gazeta (afiliada alagoana da Globo), foi mostrado um homem que ganhava a vida desmatando a mata atlântica e que se arrependeu de seus atos, passando a preservar um pedaço de mata remanescente - e hoje ganha dinheiro com o TURISMO ECOLÓGICO.
Bem, creio que já falei demais, e o post deve estar demasiadamente grande - eu gosto, mas no mundo cybernético, isso é a morte, eu sei... portanto, paro aqui.
Mas fico esperando seus comentários. O que vocês pensam sobre o assunto? Vocês conseguem ficar na praia sem seu camarãozinho com ovas?

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quarta-feira, janeiro 27, 2010

0009 - São Paulo enterra rios e agrava enchentes

40% estão sob o asfalto em avenidas como a 23 de Maio
São Paulo tem aproximadamente 40% de seus rios enterrados. Avenidas como 23 de Maio, 9 de Julho, Bandeirantes, Berrini e Vicente Rao escondem corpos de água “fantásticos”, diz o engenheiro Aluisio Canholi, especialista em macrodrenagem. No total, são 650 km de antigos riachos ou grandes rios que estão encaixotados.
Por causa dessa escolha, além da ocupação quase sempre legalizada de várzeas e da alta impermeabilização, é que as enchentes ocorrem. Como ele diz, é o mesmo que uma estrada. Antes sinuosa, agora ela é reta. Conclusão: o congestionamento ocorre no final dela. No caso dos rios, tudo acaba no Tietê.
As canalizações sempre ocorrem com a retificação. Nos anos 1970, o rio Aricanduva, quando desembocava no Tietê, tinha uma largura três vezes maior.
“São Paulo não pode mais pensar em canalizar seus grandes rios, sob pena de aumentar as enchentes”, afirma o engenheiro, diretor da Hidrostudio Engenharia e coordenador técnico do Plano de Macrodrenagem do Tietê. Para ele, apenas devem ser feitas as que estão previstas no plano, feito há dez anos, e que está com sua implementação muito atrasada -menos da metade dos piscinões previstos, por exemplo, estão em funcionamento.
Para a ambientalista Malu Ribeiro, da SOS Mata Atlântica, o problema das canalizações não é apenas aumentar a velocidade das água em direção ao Tietê. “Essas obras também escondem toda a sujeira que é jogada nestes lugares”, diz.
Se do ponto de vista utópico um rio poderia até voltar a fluir se fosse liberado do concreto, do ponto de vista prático, a solução passou a ser os piscinões. “Funcionam como várzeas artificiais”, diz Canholi.
No caso do Tietê, que na quinta voltou a parar São Paulo, continuar com a construção dos piscinões em cada uma das bacias que deságuam nele é uma das poucas saídas possíveis.
“Mas a várzea do Tietê, antes da Penha, ainda pode ser preservada com a construção de um parque linear”, diz o especialista, que está projetando esta obra para o governo.

(EDUARDO GERAQUE)
Publicado no jornal Folha de São Paulo em 24/01/2010, no caderno Cotidiano, página C5



Alguns posts atrás, comentei rapidamente sobre os perigos da crescente impermeabilização em cidades - especialmente grandes cidades.
Aqui em minha cidade, Maceió, temos o caso clássico do bairro da Levada. É um bairro onde ficava um grande mangue (ainda há resquícios dele), com lençóis freáticos bem baixos e margeado pela lagoa Mundaú. Com atitudes governamentais não muito bem pensadas e uma ocupação urbana sem controle, a área foi toda impermeabilizada. A equação se tornou "área de várzea + impermeabilização + solo lodoso + alta densidade populacional + época chuvosa" - resultados?

1) O solo lodoso, típico de mangues, não serve para construções habitacionais, porque o solo é FOFO, e abaixo dele há ÁGUA e AR. Acaba sendo a mesma coisa que pisar na areia molhada da praia - os nossos pés afundam... o mesmo acontece com muitas casas da região - com o agravante de rachaduras nas estruturas e tudo o mais.
2) quando há chuva, a água costuma penetrar no solo e procurar os lençóis freáticos - por isso que as áreas são chamadas DE VÁRZEA. Áreas de mangue são ideais para tal atividade do solo (além de outras questões ambientais, nas quais não entrarei para não ficar muito comprido). Com o advento da impermeabilização, a água fica impedida de retornar ao solo, ficando EMPOÇADA. Com a época de chuvas, uma grande quantidade de água acaba empoçada - o que se pode chamar de ALAGAMENTO.

Isso se repete por outros pontos da cidade, logicamente, mas citei o da Levada por ser um ponto que, além de eu ter estudado com afinco, se tornou emblemático para a cidade - todos os telejornais locais vão para lá nas épocas chuvosas.
Voltando ao foco em Sampa... Logicamente que uma megalópole tem os mesmos problemas que uma metrópole regional como Maceió - e em se tratando de um país como Brasil, em escala aumentada.
A questão de se "enterrar" rios não é nova na história da urbanização. Aparentemente decorre da ambição humana de tentar dominar a natureza, além de ganhar espaço para fazer construções e abrigar o maior número de pessoas - alguém lembrou de construtoras?
A contrapartida vem sempre de formas catastróficas: nos tempos de cheias, não raro as águas acabam por forçar as fronteiras até destruí-las; nos tempos chuvosos, inundações e enchentes.
Não é de hoje que o prefeito Kassab aparece na televisão para ficar falando do modo que se deu o crescimento urbano de São Paulo. Não dá para culpá-lo por isso, ele tem razão. Mas, como Prefeito, o dever dele é se juntar a um bom time de urbanistas, engenheiros, outros especialistas - mais a população - e rever a situação. Alguma solução tem que ser dada ao caos que está acontecendo neste verão.
E vocês, o que acham?

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0008 - “Peixe mais feio do mundo” pode ser extinto

Animal que vive na costa australiana corre risco de desaparecer por ser bastante capturado acidentalmente
O blobfish (Psychrolutes marcidu), considerado por muitos o “peixe mais feio do mundo”, está ameaçado de extinção, segundo informações do site do jornal inglês Mail Online . O estranho animal de corpo gelatinoso pode chegar a 30,5 cm e vive a cerca de 800 metros de profundidade nas águas da costa sudeste da Austrália e da Nova Zelândia.


Blobfish.
Fonte: http://pesca-cia.uol.com.br/


Como não é comestível – sem valor comercial algum – o blobfish acaba não despertando o interesse dos pescadores. No entanto, por viver no mesmo habitat que as cobiçadas lagostas e camarões é uma frequente presa acidental. Por serem pouco resistentes, praticamente todos os exemplares pescados acabam morrendo.
"Uma quantidade muito grande de blobfish vem sendo morta devido à pesca de arrasto pelo fundo, que é uma das formas mais destrutivas de pesca", explica o professor da Universidade de York, Callum Roberts.
A solução para o fim da matança do blobfish, segundo Roberts, é justamente combater a pesca de arrasto em uma região que tem o tamanho equivalente à cidade Paris (FRA). Mas por conta da lucrativa pesca das lagostas e camarões, dificilmente tal medida será tomada.

(DIEGO SALOMÃO e LIELSON TIOZZO)
Retirado do site da revista Pesca & Companhia, publicado em 01/2010


Mais um exemplo da pesca indiscriminada ameaçando o equilíbrio da cadeia alimentar - ainda mais em se tratando de um animal relativamente raro e específico da região australiana, que é particularmente exótica.
Infelizmente, não há muitas informações sobre o blobfish (nem nome em português oficial ele tem, por exemplo). Basicamente, ele vive nas profundezas do oceano - razão pela qual ele é gelatinoso (num local onde a pressão é enorme, ter um corpo "estrutural e ósseo", por assim dizer - como o humano -, é quase uma desgraça para qualquer ser, uma vez que os movimentos ficam razoavelmente impossibilitados), e caça camuflado nas rochas (portanto, presume-se que seja carnívoro).
Há outra reportagem sobre pesca indiscriminada que mostrarei amanhã, portanto, guardarei meus comentários por ora.
Até lá!

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domingo, janeiro 24, 2010

0007 - A sustentabilidade "End-to-end"

A reportagem do caderno de economia da Gazeta de Alagoas de hoje (“Produção sustentável é a 'bola da vez'”, 24/01/2010, p. A26) chama a atenção para as práticas sociais e sustentáveis implementadas pelas empresas líderes de vendas no mercado, em busca de aprovação da sociedade (e aumento nos lucros, obviamente).
Não é de hoje que as empresas 'acordaram' para a questão ambiental – a notícia mais antiga que me chega à mente é dos selos “dolphin free” das latas de atum vendidas nos EUA nos anos 1970. O fato marcante é o quão recentemente a “responsabilidade ecológica” entrou na agenda dos profissionais de marketing de plantão.
Não que isso seja má coisa – longe de mim dizer um despaltério desses. Mas isto poderia estar acontecendo a pelo menos uma década e meia.
O importante, agora, é focarmos no ponto positivo da questão apontada pela reportagem de Acássia Deliê: a nova política de relacionamento das grandes redes de varejo com seus consumidores, mostrando o ciclo de vida dos produtos vendidos – o projeto “End-to-end: sustentabilidade de ponta a ponta”, lançado pela rede Walmart. Citando a reportagem:

“De água mineral a esponjas de banho, os artigos foram monitorados e avaliados do início ao fim da cadeia produtiva...
… as atividades das operações de varejo representam cerca de 8% dos impactos ambientais de toda a cadeia de suprimentos.
Os outros 92% estariam distribuídos entre outros agentes (…), como transportadores, indústria e a produção agrícola. Baseada nisso, a Walmart lançou o desafio aos fabricantes, há cerca de 18 meses: desenvolver produtos e categorias que tivesse menor impacto no meio ambiente, desde a extração da matéria-prima até o descarte. O incentivo da varejista (…) foi oferecer visibilidade e exposição diferenciada dos novos itens nos pontos de venda.”

Os produtos resultantes desse projeto são o achocolatado Toddy Orgânico (Pepsico), a linha de óleos vegetais Liza (Cargill), o Matte Leão Orgânico (Coca-Cola), a linha de águas Pureza Vital (Nestlé), o amaciante Comfort Concentrado (Unilever), a fralda Pampers Total Confort (Procter&Gamble), a esponja de banho Ponjita Naturals Curauá (3M), o Band-Aid (Johnson&Johnson), o desinfetante Pinho Sol (Colgate-Palmolive), além do sabão TopMax, (marca própria do Walmart, fabricado pela indústria gaúcha Bertolini) – quem tem acesso ao jornal alagoano tem até uma tabela apresentando os produtos e os alegados diferenciais entre os novos produtos e os “tradicionais”.
Ainda não se sabe bem como e$$a novidade $e refletirá no$ bol$o$ do$ con$umidore$ bra$ileiro$ – os fabricantes garantem que os produtos sairão muito mais em conta – em alguns casos, até mais baratos que o regular por não utilizarem (ou utilizarem menos) materiais que normalmente se usa na fabricação dos itens.
O que é certo é que quem decidirá se esse projeto dará certo – e até quando durará – somos NÓS, o público comprador. É do nosso dinheiro que dependerá o retorno dessa empreitada.
Pessoalmente, embora eu me anime com a perspectiva, devo pensar também como consumidor consciente – creio que o importante é testar os produtos para saber se eles são realmente bons e válidos de serem absorvidos em nosso dia-a-dia.
Então... vamos às compras! Mas sem esquecer de fazer uma boa pesquisa, antes!



Mais sobre o assunto, com boas dicas sobre "compras sustentáveis" podem ser encontradas aqui neste link: http://conversasustentavel.blogspot.com/2010/01/wal-mart-lanca-end-to-end.html

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quarta-feira, janeiro 13, 2010

0006 - Bateria impede popularização do carro elétrico

O custo e os limites de armazenamento de energia nas atuais baterias de íon-lítio deverão impedir os consumidores de comprarem veículos sustentáveis
O uso disseminado de veículos elétricos ao redor do mundo não será alcançado em 2020 sem uma significativa inovação na tecnologia de bateria, de acordo com um estudo da Boston Consulting Group - que aconselhou o governo dos EUA na reestruturação da General Motors e da Chrysler no ano passado.
O custo e os limites de armazenamento de energia nas atuais baterias de íon-lítio vão impedir os consumidores de comprarem carros elétricos, diz a Boston Consulting, que passou três meses entrevistando fornecedores de baterias, cientistas e fomentadores. "O consumidor médio e políticos acreditam que o carro elétrico é a solução do futuro", disse Xavier Mosquet, coautor do estudo. "Eles não entendem que existem complicações econômicas que impedem isso de acontecer."
O estudo é um duro choque de realidade enquanto as montadoras globais se preparam para apresentar suas mais recentes inovações no salão internacional do automóvel de Detroit. Muitas montadoras vão mostrar os veículos elétricos que esperam colocar no mercado nos próximos cinco anos.
A General Motors anunciou que fabricou sua primeira bateria íon-lítio para seu veículo elétrico Chevy Volt previsto para o final deste ano. A GM afirma que o Volt pode rodar até 64 km com eletricidade, sem usar gasolina ou produzir emissões. Mosquet disse que o ponto crucial é o custo. O custo para um fabricante ou consumidor por 1 kW/hora de energia de uma bateria de íon-lítio estará na faixa entre US$ 360 e US$ 440 em 2020.
Este custo precisará ser reduzido pela metade com objetivo de conquistar os consumidores, disse Mosquet. A única forma de alcançar a redução de custo é através de nova tecnologia. Os custos não serão reduzidos o suficiente pela mudança no local de produção da bateria ou dos materiais usados em sua fabricação.
Sem a inovação tecnológica, 3 milhões de veículos elétricos excluindo híbridos, ou menos de 5% do total de carros, estarão nas estradas na Europa, EUA, China e Japão em 2020. Mas se os custos forem reduzidos, esse volume poderá mais do que triplicar. Na ausência de uma nova tecnologia, as únicas formas de promover a disseminação do carro elétrico serão: crédito do governo de mais de US$ 7.700 aos compradores, preço do petróleo em US$ 375 por barril ou se o governo impor um imposto adicional sobre a gasolina de 2010%. As informações são da Dow Jones.

Retirado do site do Portal do Meio Ambiente, postado em 11/01/2010, 01h41



Baterias de íon-lítio são comuns por demais em aparelhos celulares e Mp3, 4, 5 e variantes (me perdi da numeração atual). Têm o peso contra de serem altamente tóxicas e poluentes, quando jogadas fora; mas têm a seu favor fatos como a possibilidade de serem recicladas quando retornadas aos seus fabricantes, e serem recarregáveis e de boa vida útil. Sua utilização em carros elétricos é uma boa solução para a diminuição da poluição do ar em grandes centros urbanos - afinal, para carreegá-los, basta uma tomada ligada (atenção às contas de energia, pessoas!) - no japão, já existe até mesmo um "posto de combustível" para estes carros, o que é uma mão-na-roda.
Onde o negócio esbarra, então? Na questão central: economia.
Como toda "novidade" tecnológica que surge através dos tempos, as baterias para carros são para "pouco$ e bon$". Com o tempo, a produção aumenta e os custos vão diminuindo.
Mas construir carros elétricos acaba por mexer com os brios de muitos que fizeram fortuna (ou estão tentando fazer) com a cultura da cana-de-açúcar, milho e variantes, e com os países que estão se aproveitando do petróleo até a última gota - a chance de perder o terreno gera pressões contrárias, e assim, a coisa "emperra".
A boa notícia: a indústria automobilística já acordou para a questão (como a própria reportagem mosta), e cada vez mais estão lançando modelos no mercado mundial. Infelizmente, não ainda em escala mundial, mas podemos sempre pedir e pressionar - o mercado vai sempre onde o comprador está.
De certo modo, há algo em nossas mãos.

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domingo, janeiro 10, 2010

0005 - 10 espécies a se observar em 2010

Populações de animais icônicos estão send dizimadas por caçadas e perda de seu habitat natural: a mudança climática emerge agora como ameaça clara na lista anual da WWF

A lista dos "10 a seresm observados em 2010" da WWF inclui animais muito conhecidos e estimados, como tigres, ursos polares, pandas e rinocerontes, e espécies menos conhecidas, como o atum-rabilho e gorilas montanheses.


Em sentido horário: urso polar, tigre asiático, gorila montanhês, borboleta monarca, atum-rabilho, rinoceronte-de-java, panda, pinguim-de-magalhães, morsa-do-pacífico, tartaruga-de-quilha.
Fonte: http://www.panda.org/


cientistas da WWF diem que estes, junto com muitas outras espécies, são os que sofrem mais risco de perda de habitat e ameaças relacionadas ao aquecimento global. A lista deste ano inclui cinco espécies diretamente impactadas pelas mudanças climáticas, como a borboleta monarca, espéscie no centro de um fenômeno biológico perigoso.
Os tigres estão na liderança da lista deste ano, com o Ano oficial do Tigre programado para se iniciar em fevereiro de 2010.

Lista dos 10 animais a serem observados em 2010 da WWF:

1. Tigres

novos estudos indicam que deve haver menos de 3200 tigres (pantera tigris) selvagens. Eles ocupam menos de sete por cento da sua população original, que chegou a diminuir cerca de 40% nesta última década. Desmatamento acelerado e a caça pode levar os tigres ao mesmo destino de seus parentes já extintos em Java e na Balinésia. Tigres são caçados pelas partes de seus corpos, que são usados na tradicional medicina chinesa, enquanto as peles são valiosas. Ademais, o aumento do nível do mar ameaça o habitat natural de populações-chave de tigres em bangladesh e na Índia. O Ano do Tigre, 2010, marcará uma época importante nos esforços para salvar os tigres selvagens, com a WWF continuando a desempenhar um papel importante em implementar novas e ousadas estratégias para salvar este magnífico felino asiático.

2. Usos polares
os ursos do Ártico (Ursus maritimus) se tornaram ícones das primeiras vítimas da perda de habitat devido às mudanças climáticas. Designados como espécie a ser protegida pelo Endangered Species Act dos Estados Unidos, ursos polares serão vulneráveis a extinção no próximo século, se o aquecimento no ártico continuar no ritmo atual. A WWF apóia pesquisas de campo para entender como a mudança climática afetará os ursos polares e desenvolver estratégias de adaptação. A WWF também atua na proteção do habitat do urso polar trabalhando com governos e indústrias buscando reduzir ameaças de derramamentos de óleo e gasolina na região e com comunidades locais para reduzir o conflito humanos-ursos nas áreas em que os ursos circulam pelas cidades devido à falta de gelo.

3. Morsas-do-pacífico
O Círculo Polar Ártico e os mares de Chuckchi são o lar das morsas-do-pacífico (Odobenus rosmarus divergens), uma das mais recentes vítimas da musança climática. Em setembro de 2009, mais de 200 morsas mortas foram encontradas no mar de Chuckchi Sea (litoral noroeste do Alasca). Estes animais usam o gelo flutuante para descanso, parto e cuidar das crias, além de se proteger de predadores. Com o derretimento do gelo no Ártico, as morsas-do-pacífico estão perdendo seu habitat. Com isso, foi garantida pela U.S.Fish and Wildlife Service a adição das morsas na lista de espécies ameaçadas de extinção.

4. Pinguins-de-magalhães
Ameaçados primeiramente pelo derramamento de óleo, os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) agora enfrentam uma ameaça maior, uma vez que os peixes estão buscando águas mais frias, o que força as aves a nadar mais longe para buscar alimento. Em 2008 centenas de pinguins-de-magalhães foram encontrados em praias do brasileiras, muitos abatidos ou mortos. Cientistas especulam que as mudanças nas correntes oceânicas ou na tamperatura da água - o que relaciona às mudanças climáticas - podem ser responsáveis eplo desvio de mais de mil milhas ao norte da área tradicional de acasalamento, no sul da Argentina. Doze das dezessete espécies de pinguins hoje estão decrescendo rapidamente.

5. Tartarugas-de-quilha
A maior tartaruga marinha e um dos mais largos répteis vivos, a tartaruga-de-quilha (Dermochelys coriaceathe) sobreviveu por mais de cem milhões de anos, mas agora está enfrentando sua extinção. Estimativas recentes mostram o declínio dos números desta espécie, particularmente no Pacífico onde restam pouco menos de 2300 fêmeas adultas, fazendo da tartaruga-de-quilha a população de tararugas marinhas mais ameaçada. As populações do Atlântico são mais estáveis, mas os cientistas alertam para os riscos da caça e das mortes acidentais por redes e arcos de pesca. Adicionalmente, o aumento do nível do mar e das temperaturas das praias do Atlântico oferece uma nova ameaça ás tartarugas e suas crias. A temperatura do ninho é o que determina o sexo das ovas, e um ninho aquecido tende a reduzir o número de machos. WWF busca conservar as rotas migratória da tartaruga-de-quilha - trabalhando com empresas pesqueiras para reduzir a caça, protegendo as praias onde sao feitos ninhos e aumentando o conhecimento das comunidades locais para que os residentes protejam as taratrugas e seus ninhos.

6. Atuns-rabilhos
P atum-rabilho do Atlântico (Thunnus thynnus) é um largo peixe migratório encontrado no leste e no oeste do Atlântico e no mar Mediterrâneo. O atum-rabilho é a fonte do melhor sushi. As pescas do atum-rabilho estão sofrendo um colpaso e a espécie se encontra em sério risco de extinção se a pesca não-sustentável não parar. Um banimento temporário global da pesca poderia ajudar a espécie na sua recuperação. WWF apóia restaurantes, chefs, empresas e consumidores a pararem de servir, comprar, vender e comer atum-rabilho até que esta espécie incrível mostre sinais de recuperação.

7. Gorilas Montanheses
Cientistas consideram os gorilas-das-montanhas (Gorilla beringei beringei) uma espécie criticamente ameaçada, com cerca de 720 sobrevivendo na vida selvagem. mais de 200 vivem no Virunga National Park, na parte leste do Congo, na fronteira com Ruanda e Uganda. A guerra tem ameaçado as áreas ao redor do parque, expondo os gorilas a ameaças como caça e perda de habitat. Os esforços na conservação levaram a um aumento na população em 14% nos últimos 12 anos, enquanto os gorilas montanheses de outro local (Floresta Impenetrável de Bwindi, na Uganda) teve crescimento de 12% em menos de uma década. Apesar deste sucesso, os gorilas montanheses constinuam frágeis e a WWF está trabalhando para salvar o habitat florestal do grande símio no coração da África.

8. Borboleta Monarca
Todos os anos milhões de delicadas borboletas monarca (Danaus plexippus)migram da América do Norte para seu habitat de inverno, no México. Uma floresta de pinheiros e coníferas bem conservada e protegida é essencial para a sobrevivência invernal das monarcas, que têm sido reconhecidas como um fenômeno biológico ameaçado. A proteção de seu habitat reprodutivo nos Estados Unidos e Canada também é crucial para salvar a migração destas espécies, um dos fenômenos naturais mais marcantes no planeta. A WWF, em colaboração com o Fundo de Conservação da Natureza do México, tem desenhado uma estratégia de conservação inovadora para proteger o habitat de inverno das borboletas monarca no Mexico, protegendo-as de temperaturas extremas e de outras ameaças. A WWF também apóia comunidades locais no estabelecimento de enfermarias de árvores que são reintroduzidas na reserva da borboleta monarca, criando ao mesmo tempo novas fontes de lucro para os donos das florestas da monarca.

9. Rinocerontes-de-Java
Listado como espécie criticamente ameaçada na Lista Vermelha da IUCN de 2009, o rinocereonte-de-java (Rhinoceros sondaicus) é considerado o maior mamífero ameaçado do mundo com apenas duas populações xistentes em vida selvagem, com menos de 60 animais no total. De alto preço na medicina tradicional chinesa, os rinocerontes-de-java também foram trazidos à beira da extinção pela conversão das florestas em fazendas. A WWF tem se envolvido na proteção e conservação do rinoceronte-de-java desde 1998, apoiando guardas florestais no aumento das atividades de patrulhamento e proteção, conduzindo os restantes da população de rinocerontes, ensinando sobre a importância dos animais à comunidade local e apoiando o manejamento do parque. Em novembro de 2009, usando cães treinados, a WWF encontrou rastros de raros e ameaçados rinocerontes-de-java do Vientan, dos quais não deve existir mais que uma dúzia.

10. Pandas Gigantes
Símbolo internacional da conservação desde a fundação da WWF em 1961, o panda gigante (Ailuropoda melanoleuca) cujos números encontram-se abaixo dos 2500 em vida selvagem, enfrenta um futuro incerto. Seu habitat florestal nas áreas montanhosas do sudeste chinês tem sido fragmentado, criando populaçãões pequenas e isoladas. A WWF tem sido ativa na conservação do panda gigante por quase três décadas, conduzindo estudos de campo, trabalhando na proteção dos animais e, mais recentemente, provendo assistência ao governo chinês em estabelecer um programa para troteger o panda e seu habitat aravés da criação de reservas.

2010 também foi declarado pela ONU como o Ano Internacional da Biodiversidade – com nações convidadas a agir durante o ano na salvaguarda da variedade de vida na Terra.

Traduzido do site da WWF, postado em 03/12/2009, 12h35

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terça-feira, janeiro 05, 2010

0004 - Lotada, estação de pesquisa antártica brasileira causa impacto

O crescimento urbano desordenado não é uma preocupação apenas de metrópoles como São Paulo. Na península Antártica, um dos ecossistemas mais frágeis do mundo, gerenciar "microcidades" como a estação de pesquisas Comandante Ferraz é um desafio --e qualquer meia dúzia de pessoas a mais no local já faz diferença.
"O plano diretor que nós fizemos para Ferraz infelizmente não está sendo cumprido", diz a arquiteta Cristina Engel, da Universidade Federal do Espírito Santo.
Especialista em construções em lugares inóspitos, a pesquisadora estuda como garantir que a estrutura de Ferraz e dos refúgios que o Brasil tem espalhados pelo arquipélago das Shetlands do Sul tenham impacto ambiental próximo do zero.


Na Antártida, a baía do Almirantado, a estação brasileira Comandante Ferraz (abaixo) e o navio Ary Rongel
Fonte: Eduardo Geraque/Folha Imagem


Segundo Engel, uma das premissas do plano é que não deveria haver aumento no número de ocupantes da estação, planejada para acomodar até 60 pessoas. Neste ano, foram 64, com gente "morando" nos refúgios, pequenos módulos espalhados pela baía do Almirantado, coisa que não deveria ocorrer.
"Ferraz não pode mais crescer", diz. "Temos esgoto, ruído, poluição do ar e, principalmente, a alteração na paisagem." A presença humana, o aquecimento global e a fragilidade intrínseca do ecossistema polar compõem um quadro perigoso para o equilíbrio dos ciclos naturais antárticos.
Por isso, entre os cientistas que trabalham em Ferraz, o sinal de atenção está aceso. "Toda poluição começa pequena, mas depois ela vai crescendo. Os grandes problemas são aqueles que não foram resolvidos no momento correto", afirma Edson Rodrigues, da Unitau (Universidade de Taubaté).
"A poluição hoje é pontual. No caso do esgoto [tratado antes de ser lançado no mar], ela atinge o entorno da estação [menos de cem metros]."
Frágil
O grande problema é que a relação entre seres vivos na Antártida é delicada, o que pode agravar a situação.
Quase todos, direta ou indiretamente, dependem do krill, um pequeno crustáceo que vive na coluna d'água e serve de comida para baleias e pinguins.
As espécies que dependem do krill têm sofrido com o degelo acelerado na península (resultado da mudança climática), que espanta os cardumes.
A presença humana só piora a situação dos animais. As nove estações da baía que margeia a ilha Rei George chegam a abrigar aproximadamente mil pessoas entre novembro e abril, período de verão.
Ferraz tem tido um desempenho ambiental acima da média das outras estações. Ainda assim, queima em média mil litros de óleo diesel ao dia.
As cintas térmicas, usadas para que as tubulações que trazem água dos dois lagos de abastecimento não congelem, são as grandes vilãs do consumo energético. A modernização das resistências usadas nos canos anticongelantes seria o ideal, diz Engel.

(EDUARDO GERAQUE
enviado especial da Folha de S. Paulo à Antártida)

Postado no site Folha Online em 04/01/2010, 12h35


Ainda não sei bem o que pensar disso.
Ao mesmo tempo em que reconheço a importância dos estudos sobre meio ambiente, creio que devemos estar atentos ao preço que este estudo pode causar.
A estação Ferraz aparentemente não consegue suportar a população que lá habita hoje. Embora o impacto seja "próximo de zero", ele existe, e a Antártida possui um dos ecossistemas mais frágeis do planeta - muitas vidas dependem de muita coisa, e esta "muita coisa" precisa de muito pouco pra sumir - precisa lembrar que "próximo de zero" também é "muito pouco"?
O que vocês acham?

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segunda-feira, janeiro 04, 2010

0003 - Camas estão queimando!

A Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (também conhecida como COP-15), realizada em Copenhague, na Dinamarca foi um grande palco para discussões de cunho ecológico e mercadológico (principalmente o segundo), mas a população mundial participou de outros modos, os mais criativos possíveis:


Manifestantes do Climate No Borders em Copenhague
Fonte: http://www.bbc.co.uk/


Manifestantes africanos exigindo a expansão do Protocolo de Kyoto
Fonte: http://www.bbc.co.uk/


Centenas de manifestantes se reuniram já na estação de trem de Taarnby em Copenhague - uma "palhaçada"...
Fonte: http://www.bbc.co.uk/


Cartazes espalhados pelo Greenpeace no aeroporto de Copenhague - Presidentes pedem desculpas por não evitar o aquecimento global
Fonte: http://conexaoplaneta.files.wordpress.com/


Mas talvez a campanha que mais arregimentou pessoas tenha sido a Tck Tck Tck (aqui no Brasil, "Tique-Taque, Tique-Taque, Tique-taque"), que conseguiu buscar uma alternativa interessante de buscar a participação popular na conferência.
Kofi Annan, presidente do Fórum Humanitário Global, anunciou em agosto uma grande petição on-line em favor de um acordo entre as nações pelo desenvolvimento sustentável, que durou até o dia 06/12 - véspera do início do COP-15. A assinatura digital consistia no download gratuito de uma faixa que estava disponível no site www.timeforclimatejustice.org.
A clássica "Beds Are Burning", hino da banda australiana Midnight Oil foi retrabalhada com novas letras e regravada por mais de sessenta nomes (entre eles, Fergie, Marion Cotillard, Lily Allen, Jet Li, Jamie Cullum, Youssou N'dour, os Scorpions, Duran Duran e a própria Midnight Oil). Cada download foi gratuito e correspondeu a uma assinatura na petição global.
A movimentação foi grande, e muitas assinaturas foram computadas, mas infelizmente, Obama e Cia. não corresponderam aos anseios da população. Aguardemos o próximo encontro.
Por ora, deixo vocês com "Beds Are Burning". Abaixo, está a letra desta nova versão, com a tradução. A música é ótima, como vocês podem ouvir no vídeo que botei no fim do post - vídeo este maravilhosamente produzido! Espero que curtam!

BEDS ARE BURNING
CAMAS ESTÃO QUEIMANDO

(Rob Hirst, James Moginie, Peter Garrett)

Tck Tck Tck
Tic-tac tic-tac tic-tac

(Kofi Annan)
Climate change is having a real impact on the lives of the individual and communities around de world
A mudança climática está causando um impacto real nas vidas dos indivíduos e das comunidades do mundo
We must do something about it
Precisamos fazer algo a respeito
In december in Copenhagen our leaders will have an opportunity to come up with a robust post-climate agreement
Em dezembro, em Copenhague, nossos líderes terão a oportunidade de chegar a um acordo pós-climático robusto
That is viable and we help make this planet a better place
Que seja viável e nos ajude a fazer deste planeta um lugar melhor

Down at the river bed
Lá no leito de rio
The earth is cracked and dry instead
A terra está seca e rachada
Farms are failing, cities baking
Fazendas falindo, cidades cozinhando
Steam in 45 degrees
No forno a 45 graus

The time has come
Chegou a hora
To take a stand
De tomar uma atitude
It’s for the earth
É pela terra
It’s for our land
É pela nossa moradia
The time has come
Chegou a hora
A fact’s a fact
Um fato é um fato
The heat is on
O calor está aí
No turning back
Sem volta

How can we dance when our earth is turning?
Como podemos dançar quando nossa terra está virando?
How do we sleep while our beds are burning?
Como dormimos enquanto nossas camas estão queimando?

Heaven hopes we’ll find a cure
Esperamos encontrar uma cura
From Bejing west to Timbuktu
De Pequim até o Timbuctu
The global village lives and breathes
A vila global vive e respira
In 45 degrees
A 45 graus

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sexta-feira, janeiro 01, 2010

0002 - Parque Costa do Sol vai proteger 27 áreas de 6 cidades

A audiência pública realizada no dia 09/12/2009 em Araruama-RJ foi decisiva para a criação do primeiro parque estadual litorâneo do estado: o da Costa do Sol. A nova unidade de conservação vai abranger 27 Áreas de Preservação Ambiental (APA) e de Proteção Permanente (APP) de seis municípios da Região dos Lagos. O presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da Secretaria de Estado do Ambiente, Luis Firmino Martins Pereira, e os diretores de Biodiversidade e Áreas Protegidas, André Ilha, e de Gestão das Águas e do Território, Rosa Formiga, estiveram presentes. Com a criação do parque, o estado do Rio passou a ter cerca de 200 mil hectares de área de proteção integral.


As dunas de Cabo Frio que vão integrar o Parque da Costa do Sol, o primeiro fragmentado do estado do Rio de Janeiro.
Foto tirada por Marcos tristão, retirada do site da agência Globo.


Com 5.500 hectares, o Parque da Costa do Sol será o primeiro fragmentado do estado do Rio, seguindo um modelo já usado em países da Europa. A unidade protegerá ecossistemas das cidades de Saquarema, Araruama, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Cabo Frio, quase todas às margens da Lagoa de Araruama.

De acordo com o presidente do Inea, os municípios vão participar em regime de co-gestão e as áreas serão abertas à visitação, mas sempre com proteção integral. Entre os locais protegidos integralmente estão a Reserva de Jacarepiá, em Saquarema - onde há micos leões dourados -, a restinga de Massambaba - onde existem espécies de plantas como bromélias, cactos e arbustos rígidos -, em Arraial do Cabo, a Boca da Barra e as dunas, ambas em Cabo Frio. Também poderá incluir a Serra das Emerências, em Búzios, onde fica a maior floresta de pau-brasil do Rio.

Por ser uma área de proteção integral, o parque terá direito a receber recursos de compensação ambiental, o equivalente a 0,5% dos investimentos na instalação de novas plataformas de exploração de petróleo. Isso porque estão na área de influência das bacias do pré-sal de Campos e de Santos.

– Estamos fechando o primeiro ano com pagamento de ICMS ecológico. Em 2010, 2% do valor do ICMS distribuído aos municípios seguirá o critério ecológico. Isso facilita a meta da Secretaria Estadual do Ambiente de dobrar as áreas protegidas do estado. No caso do Parque da Costa do Sol, todos os municípios terão aumento na sua fatia do bolo – explicou Firmino.


Fontes: Jornal O Globo, Jornal Primeira Hora, http://riodejaneiro.spaceblog.com.br/, http://www.arraialnews.com/restinga.htm


A meu ver, é uma ótima maneira de se aliar preservação ambiental com crescimento econômico e urbano (embora o pré-sal ainda me desperte reservas). Em especial, nas áreas de restinga, que a experiência ensina - se são ocupadas e/ou impermeabilizadas, se tornam zonas potenciais de alagamentos em períodos chuvosos. O turismo também tende a crescer ainda mais na área (e os locais podem tirar proveito do "selo ecológico" que o parque vai dar à região).
E vocês, o que acham?

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0001 - Olá!

Olá a todos!
Sejam bem-vindos a este novo espaço internético chamado O ECOURBANISTA!
Este espaço foi criado com o intuito de me permitir manifestar de modo mais focado um tema que julgo de suma importância tanto pessoal quanto profissional: a RELAÇÃO 'ARQUITETURA, URBANISMO E MEIO AMBIENTE'.
Este blog pretende discutir projetos (meus e de outros colegas, tanto arquitetos quanto engenheiros, gestores e qualquer outra formação), músicas, poesias, peças, desenhos, conceitos e tudo mais que se possa relacionar com ECOLOGIA e SUSTENTABILIDADE.
A idéia pra criar este local partiu de um desejo de focar meus maiores desejos e preferências profissionais - gosto de ler, gosto de escrever, amo desenhar, estudar sobre urbanismo e tenho paixão por assuntos de meio ambiente. O incentivo maior veio a partir de um texto que meu pai me mostrou, e que posto aqui, abaixo.
Espero que vocês curtam e reflitam tanto quanto eu refleti. E voltem sempre! Quero muitas discussões e muitoa participação por aqui, beleza?
Grande abraço a todos!


De um jeito que é só seu

Há um jeito que é só seu, de semear o bem.

Se tem sabedoria para falar, fale!
Há pessoas precisando de quem lhes rasque novos horizontes.

Se tem o dom de ouvir, ouça!
Há pessoas precisando falar para reogarnizar os pensamentos e sentimentos.

Se tem o dom de enxergar os talentos alheios, enalteça-os!
Há pessoas que desabrocham por conta de alguém que lhes reconheça um dom.

Se tem discernimento o bastante para fazer uma observação construtiva, faça-a!
Há pessoas persistindo no mesmo erro, por falta de alguém que as alerte com carinho e firmeza.

Se você não tem vocação para engajar-se em movimentos filantrópicos de grande alcance, tenha em mente que o maior bem a ser semeado começa dentro do seu lar.

Oferte a sua canção, a sua poesia, a sua hospitalidade, aquele prato que ninguém sabe fazer igual.

Oferte a sua diplomacia, a sua liderança ou a sua capacidade de atuar em segundo plano para o bem comum.

Oferte o seu talento para contar piadas e fazer rir.

A sua ternura natural no trato com crianças, idosos ou animais.

A sua capacidade de manter o sangue frio nas horas de crise, quando todos em sua volta desabam.

A sua santa paciência de permanecer num hospital ao lado de um enfermo terminal, ou de varar a noite num velório, naquela hora crítica em que todos vão embora.

Há um jeito que é só seu e todo seu, mesmo que seja ofertar uma flor sem ser dia de nada.

Mesmo que seja afagar as folhas de uma árvore, cantar junto com o seu canarinho, alisar o pelo de seu bichinho de estimação, aquele que você salvou da enxurrada.

Mesmo que seja uma prece sincera feita no silêncio do seu quarto.

Na contabilidade divina, pouco importa se o seu jeito de semear o bem alcançar uma criatura ou milhões de criaturas.

Você está fazendo a sua parte, de um jeito que é só seu.

É só isto que realmente importa!


"Dedicado a Old Chum e Ir. Zu"

(Fátima Irene Pinto)

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